O 112 do FUTURO
27 August 2007“Trimm, trimm… Aqui é o 112 do futuro. Um “call center” com capacidade de atendimento em várias línguas, tecnologia segura e integração entre entidades responsáveis pelas diferentes vertentes de socorro” -eis a forma sugestiva como Inês Cardoso e Bruno Castanheira começaram o seu extenso e bem investigado artigo sobre o presente e o futuro do nosso número nacional (e europeu) de emergência.
Ao lê-lo, pela manhã, confesso que pensei, em primeiro lugar, nas enormes mudanças que o novo ambiente de trabalho digital faculta a quem tem a responsabilidade de preparar artigos como este.
Em vez da difícil corrida de obstáculos para contacto com os decisores, é hoje cada vez mais possível estabelecer contactos directos.Ao longo da semana anterior, fui recebendo, às mais diversas horas, mensagens electrónicas,que fui lendo, ora no PDA, ora no Terreiro do Paço, ora em casa. E fui respondendo, completando lacunas ou remetendo para a entidade mais apropriada. O texto prova que os autores cumpriram um minucioso plano de contactos e facultam,por isso, dados de grande utilidade para a informação dos seus leitores.
O 112 do futuro está na recta final de planeamento, para que o Orçamento de Estado de 2008 possa contemplar o necessário. Ao longo do próximo ano, entraremos em processo de substituição das estruturas de hoje por outras mais robustas. Registei em video alguns comentários sobre o tema, sem antecipar o que oportunamente será anunciado quando o novo modelo for aprovado na sede própria.

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As explicações dadas – e, no caso da SIC, o encaminhamento para o 112 Lisboa, para colheita de imagens para uso e arquivo – permitiram ampliar a informação pública sobre o trabalho em curso. Quem viu as peças, terá julgado segundo o seu próprio critério, mas insisto na linha de análise que julgo correcta: temos vindo a melhorar o 112 que temos, sem o desvalorizar nem menorizar o grande esforço dos profissionais que o asseguram, mas não fugimos à conclusão de que precisamos de mais e melhor.Hoje o 112 tem, em todo o País, geolocalização de chamadas (até Julho não tinha).Hoje há redundância nas comunicações, foram corrigidas (com a supervisão da ANACOM) opções telecomunicacionais tomadas em Dezembro de 2006, foram aumentados os circuitos disponíveis nas várias centrais.
Em visita de trabalho às regiões autónomas realizada a meio de Agosto, discuti com os responsáveis regionais medidas que permitirão melhorar a qualidade do serviço prestado nos Açores e na Madeira.
De tudo isto concluo que antes do nascimento do “112 do futuro” há muitas medidas a adoptar e a política de compra intercalar de equipamentos será já orientada tendo em conta o novo modelo. Serão, obviamente preservadas as boas inovações e os meios tecnológicos avançados em uso, por exemplo, nos Centros de Orientação de Doentes Urgentes, sob responsabilidade do INEM.