72h em DILI (I)
13 June 2007Só posso dar por bem usadas as horas que passei em Dili (e, claro,todas as necessárias para ir e voltar). Graças ao benefício da contactabilidade digital (o santo Roaming), o fundamental das ferramentas de informação interactiva está sempre disponível, o que garante o direito ao melhor e ao pior, em tempo real. O resto são vicissitudes de transporte, com muitas horas para arrumar documentos e ideias e outras tantas para criar reservas de energia.
Nem houve tempo nem necessidade de registar aqui impressões e opiniões. Os media trataram de fazer chegar depressa as notícias, de forma bastante rigorosa, destacando o que julgaram importante, pelo que pude ir informando sobre os resultados dos contactos que fiz, com uma agenda apertadíssima mas, como se viu, exequível.
No primeiro dia, tema único: havia ou não um conflito entre Portugal e a ONU? Não havia. Apenas a necessidade de aclarar entre Dili,Lisboa e Nova York as condições concretas necessárias para transportar de Lisboa para Dili militares do Subagrupamento Bravo que rendam os seus companheiros que chegaram ao fim da comissão de serviço em Timor-Leste. Tudo isto sem bulir na prontidão e eficácia que têm feito a fama da GNR entre os timorenses. Em Lisboa e em Dili foi posta em marcha a clarificação, de que ficaram registos elucidativos:
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Visitei,já noite feita, o Subagrupamento Bravo. Melhorou a qualidade das instalações que já visitara em Fevereiro, agora mais povoadas com os miltares dos pelotões adicionais enviados em Abril, e a moral é forte. Conversas directas e a vontade compreensível de saber informação fidedigna sobre a rotação, muitos dados sobre a situação de segurança no território, briefing bem estruturado e, manda a tradição, bacalhau ao jantar, seguido de um momento cultural marcado por uma comovente sequência de bailados e canções cm execução a cargo de um grupo infantil cheio de talento.Ø